POLÊMICA - Ontem (24), a cidade de Crixás testemunhou uma mobilização em massa da sua população contra a aprovação de um empréstimo no valor de R$ 25 milhões. Seis vereadores (Luismar, Marcão, Fernandinho, Crisley, Toninho Pio e Camarguinho) expressaram publicamente sua oposição a esse projeto de lei, que foi submetido à Câmara Municipal para votação.
A população permaneceu firmemente resistente à ideia, expressando seu descontentamento com a administração liderada pelo prefeito Carlos Seixo e seu vice-prefeito Tiago Dietz. Mesmo após terem recebido mais de R$ 246 milhões em recursos, a gestão foi criticada por não ter realizado melhorias significativas na cidade.
A sessão para a avaliação do projeto teve um início tardio, com atraso de cerca de uma hora e meia em relação ao horário marcado. O vereador Romário iniciou a discussão ao apresentar uma emenda proposta por Carlos Eduardo e Crisley. Essa emenda buscava reduzir o valor do empréstimo de 25 milhões para 17 milhões de reais. Essa mudança levou o projeto de volta à comissão, onde o relator
prometeu retorno em 15 minutos com resolução da questão.
A tensão aumentou quando a sessão foi paralisada por volta das 11h00 para apreciação, com a promessa de retorno em 15 minutos. No entanto, a sessão só foi retomada às 17h00, com a não devolução do projeto de lei por parte do relator, cabendo o presidente Maurinho do Pit Dog encerrar, dando um prazo regimental de 15 dias para o descritor conclui sua apreciação.
“É um projeto de grande relevância cujo qual preocupa toda população. Quando eu fui eleito assumi uma postura de defensor dos meus votos e defensor do povo de Crixás. Contudo, para que a vontade do povo venha a prevalecer. Então a minha missão aqui dentro é ser voz do povo e o que a gente vê nas ruas, o que a gente vê nas praças é que a população não concorda com isso. E a minha voz é a voz do povo, disse vereador Luismar Gundim
Durante todo esse período, os cidadãos de Crixás permaneceram na câmara, demonstrando sua determinação em barrar o projeto de empréstimo. A população organizou um almoço na praça, aguardando ansiosamente a decisão dos vereadores, que passaram uma parte significativa do tempo em conversas com o prefeito e o vice-prefeito na prefeitura. Apesar das pressões exercidas pela administração municipal, seis vereadores - Luismar, Marcão, Crisley, Toninho Pio, Fernandinho e Camarguinho - mantiveram suas posições contrárias ao empréstimo.
“A maioria dos vereadores tem consciência da complexidade desse projeto. Nosso município hoje ele encontra dificuldade, pois está com vários débitos perante instituições e credores. Um exemplo: O município já tem um parcelamento hoje da previdência, foi parcelado aí para um valor de quase três milhões. O município hoje se quer está conseguindo pagar suas cartas precatórias que foram condenadas” declarou Marcão do Pesque Pague
O projeto, se aprovado, representaria um custo de mais de 100 milhões de reais ao longo de 20 anos até sua quitação. O episódio reflete a mobilização e a resistência da população em busca de uma gestão financeira responsável e transparente para o bem-estar da cidade.